Gostar de perder
Terminou o campeonato. Lá ganharam os do costume e chega a hora de elaborar saldos da temporada. Desses, desconcertam-me mais as elegias do insucesso. Essa capacidade de encarar um objectivo não atingido, ou alcançado à custa de injustificadas dificuldades por demérito próprio, e retirar daí uma razão de festa não pode causar outra coisa que não perplexidade.
Ficar em segundo, ou em terceiro, ou escapar por uma nesga à despromoção, sabe ao que sabe: a ficar em segundo, ou em terceiro, ou a escapar por uma nesga à despromoção. O resto é pura racionalização para enganar o desencanto. Muito portuguesa, aliás.
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