Segundo o Jornal de Notícias (via Bloguítica), a GNR e a PSP utilizam uma tabela de conversão para apurar o grau de álcool no sangue dos condutores. Levantou-se, assim, uma dúvida sobre o valor efectivo a partir do qual um condutor se encontra a infringir a lei, o que acaba por ser uma polémica desprovida de sentido.
Um aparelho de medição, seja ele analógico ou digital, tem sempre um erro de medição associado. Este não resulta do seu mau funcionamento, ou da falta de homologação (a qual garante que o aparelho cumpre as normas e os requisitos definidos previamente), mas da sua natureza enquanto aparelho medidor. Não há medições perfeitas, por isso torna-se fundamental aferir uma margem de erro, algo que se aprende a fazer no primeiro ano de muitos cursos de engenharia.
O único aspecto aqui que merece ser notícia é o estado dos aparelhos de medição e a confiança que eles oferecem às autoridades. No seguimento do que o JN publicou, seria interessante apurar estas informações, ouvindo o MAI, a DGV e os elementos da PSP e GNR que trabalham com estes aparelhos. De qualquer forma, em caso de dúvida, existem sempre a solução dos testes sanguíneos, não porque estes possuam uma base científica superior à que suporta os aparelhos das brigadas, mas, certamente, porque a maior confiança que oferecem advém de serem realizados com aparelhos que possuem margens de erro bastante menores, às quais não são imunes.
Tuesday, August 29, 2006
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