O desemprego real está quase nos 11%, o que representa, em termos absolutos, mais de 600 mil pessoas sem trabalho. Começa a ser incontornável que os debates sobre a redução do défice e o crescimento do PIB se passem a centrar na hipotética eficácia das medidas implementadas e no custo social que elas apresentam. Não só se deve questionar o mais que duvidoso sucesso dos planos anunciados, como se deve perguntar onde se está a cortar e quem está realmente a crescer. Porque, se a criação de riqueza que vai alimentar o crescimento do PIB é para ir parar exclusivamente aos cofres dos bancos e dos grupos financeiros do costume, são muito fracas as razões para continuar a sacrificar o país desta forma.
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